terça-feira, 19 de agosto de 2008

A fraqueza das aspas.


Este post está mais para "especulando e imaginando" do que qualquer outra caracterização.
É a respeito da minha larga utilização destes sinaizinhos " " vulgarmente chamados de aspas.

Eu não estudo psicologia, e estou longe de conhecer 0,000000000001% da mente humana, mas nada me tira da cabeça que as aspas são minhas maiores fraquezas.
Mais do que enfatizar, elucidar, ou apenas citar, eu as utilizo principalmente para tudo o que não posso afirmar com certeza, ou que acredito que pode ser julgado de forma errada ao que eu quis dizer.
Logo, além de ser insegura quanto ao meu próprio conhecimento, eu abomino a idéia de que possa ser mau-interpretada.
A gente muitas vezes quer expressar as milhares de idéias que vêm a nossa cabeça, mas nos deixamos calar por medos, e exteriorizamos nada mais que pequenos e pouco significativos textos sobre "aspas e inseguranças".

sábado, 9 de agosto de 2008

Asas (ou parafusos) à imaginação.


Foi lendo uma crítica sobre a mais nova animação da PIXAR, "Wall-e", que tive a idéia de criar este blog. Assisti ao filme nas férias e como de costume fui ler o que a crítica dizia a respeito. Geralmente gosto muito de um filme e quando recorro à crítica acabo descobrindo milhares de deficiências, e isso não é de todo mau, porque de qualquer forma me ajuda a apurar minha visão "audiovisualística".
Wall-e me surpreendeu de cara! Esperando já alguma crítica desvendando um monte de defeitos no filme que eu tanto elogiei, me alegrei com uma ótima crítica de primeira! Não no sentido de elogios ao filme, mas na qualidade do teor da crítica em si. Diego Assunção, na revista eletrônica "Cinética" (neste link: http://www.revistacinetica.com.br/walle.htm) soube passar exatamente o que o filme causou em mim. Mas além disso, me fez repensar a recepção atual dos filmes fantásticos frente ao público. Eu mesma já critiquei tantos filmes por se distanciarem tanto disso que chamamos de realidade! Afinal, perdemos a capacidade de sonhar ou de acreditar no incrível?!
Mas “Wall-e” se vale de todas as artimanhas que só a animação possui para nos mostrar com a sutileza do irreal um tema que no fundo é tão duro: a destruição ambiental, o capitalismo, o monopólio, e por que não até mesmo a solidão? Mesmo no formato fantástico, a “realidade” de “Wall-e” parece-nos palpável.
Por fim, o “desenho animado” que leva tantas crianças aos cinemas também se mostra uma “coisa de gente grande”. E ambos assimilam qual a mensagem por trás do romance dos Robôzinhos Eve e Wall-e. Como diz Assunção: "...a grande sacada do gênero de animação é aproximar seres improváveis de nós mesmos...", e por que não aprender com eles também? Seres que por muitas vezes são mais humanos que muitos “humanóides” que vemos nas ruas ou que estão a “vagar” pelo próprio país no qual a animação criou vida.